28 dezembro, 2012

SARAVÁ 2013

Olá Irmãos de Fé!
 O navio apitou! 
É hora, é hora...
Vamos navegar nas águas de 2013


Em cada elemento AR/FOGO/ÁGUA/TERRA com suas áreas específicas existem Exus Guardiões responsáveis. Cada Exu Guardião atua com sua Falange  presente na: Calunga Grande (Mar), Calunga Pequena (Campo |Santo) e Calunga das Matas (Matas). Hoje vamos comentar um pouco a respeito da Falange dos Exus e Pombagira do Mar, a Calunga Grande.

A Linha dos Exus do Mar é composta por espíritos que em alguma encarnação pretérita (fenícios, gregos, navegadores ibéricos,...) vivenciou ou teve contato com pescadores, marinheiros, enfim todos os homens e mulheres que tiveram uma ligação estreita com tudo relacionado ao mar. Iemanjá e Oxum são sustentadoras da Linha de Trabalho do Povo D’Água: Marinheiros, Exu e Pombagira do Mar e demais Entidades (Velhos, Crianças,...) que tem o elemento água como sua principal ferramenta de trabalho.

A água é o elemento da absorção e germinação, está relacionada com o corpo emocional, e de sua depuração resulta a pureza deste corpo. No plano físico, é um grande agente de limpeza, equilibrador (movimentos atmosféricos) e destrutivo quando necessário (tsunamis, maremotos, enchentes) 

Para conhecermos a atuação da Falange dos Exus do Mar e em específico a Falange dos Exus denominados da Barra, partimos do estudo do significado geológico da palavra barra e das informações fornecidas pela própria Entidade. 

Barra é um banco de sedimentos, uma formação geológica, que ocorre no deságue de um curso de água fluente: rio para rio; rio para mar, ..., um encontro hídrico, onde se forma uma barreira (a areia é o material mais comum), propiciando uma linha de arrebentação, ou seja, o local onde as ondas quebram. Todo esse movimento é arquitetado pela natureza (Orixás) e tem por finalidade o equilíbrio daquele sítio natural. 


Essas Entidades Exus do Mar/Barra, quando chamados, vem justamente nos ajudar nas situações em que estamos presos na arrebentação, na quebrada das ondas, devido as escolhas mal feitas que fazemos, nos levando a tomar os “caldos” da vida. 

Eles nos resgatam e começam a restaurar o equilíbrio das nossas emoções/sentimentos, gerando e estimulando ideias, iniciativas e vontade renovadas. Nos conectando e racionalizando na forma do palpável, isto é: A concretude, a materialização dos sonhos/metas de cada um de nós. 

Trabalham com velas pretas ou azuis e com areia da praia. Suas guias são da mesma cor, com conchas e búzios. Alguns nomes desses Guardiões Exus e Pombagira da Umbanda são: Exu Tranca Rua das Almas do Mar, Exu Pirata, Exu Caveira do Mar, Exu Rei dos 7 Mares, Exu Marinheiro, Exu da Barra, Pombagira do Mar, Maria Padilha da Praia, Pombagira da Maré, Pombagira Rainha da Praia.

Esse 2013 é um ano regido pela água/Iemanjá e fogo/Ogum onde as emoções reinaram à flor da pele, e podem ser direcionadas para o bem ou para o mal. Por isso, é muito bom nesse virada de ano, quando saudamos Iemanjá e com licença de Ogum Beira Mar, vamos pedir aos Exus e Pombagira do Mar a força e proteção para que nas horas em que lançamos nossas redes das escolhas/encruzilhadas, sejam positivas!!!!!!! Propiciando as "pescarias fartas" que faremos ao longo de 2013.
COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ/NAMASTÊ!

06 dezembro, 2012

A ONDA ME TROUXE, O VENTO ME LEVA...

OLÁ IRMÃOS DE FÉ!


Os espíritos que trabalham na Linha dos Marinheiros são principalmente aqueles desbravadores que se lançaram nos mares e descobriram ilhas, continentes, novos mundos. Enfrentaram da calmaria a mares tortuosos, tempestades, nascer e por do sol magníficos, guiados pelas estrelas em tempos de paz ou de guerras. 

Os Marinheiros trabalham na linha de Iemanjá e Oxum, Povo D'água e trazem uma mensagem de confiança, esperança e muita força, nos dizendo que se pode lutar e desbravar o desconhecido, do nosso interior ou do mundo que nos rodeia se tivermos fé, confiança e trabalho unido, em grupo.

Seu principal trabalho é o de limpeza fluídica (descarregos), mas de uma limpeza pesada e nos trabalhos que possam envolver demandas. Ao irem embora, levam consigo todas as cargas mais nocivas que se encontravam no ambiente, por isso é sempre muito aconselhável terminar os trabalhos com os marinheiros, pois eles deixam o ambiente completamente saneado de qualquer tipo de miasmas, principalmente quando houve trabalhos de desobsessão ou de desmanche de trabalhos. Em muito, seu trabalho é parecido com o dos Exus do Mar, os quais, também podem trabalhar nessa linha.

O balanço dos Marinheiros, não estão embriagados!!!, liberam ondas de forte magnetismo aquático e contam também com a ajuda dos elementais da água que são atraídos para em conjunto retirarem os acúmulos negativos de origem externa e interna e equilibrar nosso emocional/mental nos dando condições de gerar coisas positivas em nossas vidas. As águas simbolizam as nossas emoções e estão ligadas à origem da vida.

Na linguagem simbólica dos Marinheiros, mar significa a nossa vida, nosso caminho. Quando falam que “o mar tá bravo”, é porque o médium ou o consulente está com dificuldades na vida por não saber lidar com as emoções. O barco é em referência ao corpo material do médium ou do consulente e o Capitão Maior/Capitão do Navio referem-se a Deus. 

Esses espíritos são regidos por magnetismo denso, a água, e quando incorporam se utilizam do álcool, uma dose mínima, pois devido a fluidez e volatilidade das vibrações desses espíritos, a bebida expande seus campos magnéticos e possibilita a estabilização e o equilíbrio nas incorporações.

Dentro de um trabalho espiritual, o excesso de bebida nunca se justifica. O Guia é um espírito que se preparou e obteve a permissão da Lei Divina para vir nos ajudar e ele sabe como manipular os elementos e usa o mínimo, da ferramenta de trabalho álcool, pois não precisa de quantidade. Quando há excesso, isso se dá pelo despreparo, ou então pela vaidade do médium.

Nomes simbólicos: Chico do Mar, Martim Pescador, Marinheiro das Sete Praias, João das Sete Ondas, Capitão dos Mares, João da Praia, Zé do Mar, Zé Pescador, João da Marina, Zé da Maré, Antonio das Águas, Zé da Jangada, Seu Antenor, Seu Jangadeiro, João Canoeiro, Zé dos Remos, João do Rio...

Saudação: Salve a Marujada! 

Dia da semana: A 2ª feira, dia associado à Lua e ao Orixá Iemanjá. 
Também a 6ª feira, regida por Netuno, planeta relacionado a Iemanjá.
Campo de atuação: Quebra de bloqueios emocionais, equilíbrio das emoções,     limpeza energética, quebra de magias negativas.
Ponto de força: A beira-mar, beira dos rios.
Cor: Azul claro e branco
Elementos de trabalho: Pedras, conchas, búzios, estrelas do mar, caramujos, velas, fitas e linhas, areia. 
Ervas: Alfazema, erva-cidreira, camomila, manjericão, erva-doce, capim limão. 
Fumo/defumação: Charuto; cigarrilha; fumos diversos feitos de ervas enroladas na palha.
Incenso: Rosas brancas, alfazema, anis estrelado.
Pedras: Pedras azuis: Água-Marinha, Topázio Azul, Calcedônia, Quartzo Azul. Pedras pretas limpeza pesada: Vassoura da Bruxa, Turmalina Preta.
Bebidas: Suco de pera e de melão, água de coco, leite com mel, cerveja, conhaque com mel, rum, pinga com mel vinho branco, tinto, moscatel.
Frutas: Melancia, melão, pêra, pêssego, laranjas, figo, maçãs, uvas, carambola. 
Flores: Flores brancas em geral, cravo, palma, rosa... 

Oferenda: Velas, pembas, fitas e linhas de cor branca e azul, flores bran­cas, frutas, rum, aguardente ou cerveja branca, frutas aquosas, tais como: melancia, melão, pera, pêssego, laranjas, figo, maçãs. Colocar num prato/barco feito com a casca de melância ou do melão, forrado com ervas (manjericão, capim limão, alfazema...) Decorar com pétalas de flores brancas. Atenção a Umbanda está na Natureza, não suje a Casa da Mãe Gaia. Filho de Umbanda é consciente e defende o meio ambiente. Saravá a Ecologia
.


A ONDA ME TROUXE, O VENTO ME LEVA. 
QUANDO A ONDA PASSAR EU ME SENTO NA PEDRA. SARAVÁ SEU CHICO DO MAR C.U.R.A.

COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ! MÃE TANIA

22 novembro, 2012

DAR GRAÇAS

Agradecer é reconhecer a infinitude do Bem de Deus;
Agradecer é abrir-se para novas bençãos;
Agradecer é sorver a Paz do crer acima de qualquer dificuldade;
Agradecer é música dos Anjos conduzindo nossos corações;
Agradecer é a certeza da Fé inabalável no Amor e Justiça Divinos.

Repita! Sem medo! Com Fé com toda a convicção que nós temos como filhos amados de Deus nos milagres do Senhor:

Eu agradeço,
Eu aceito,
Eu confio,
Eu entrego!
Saravá/Namastê - Assim É

COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ/NAMASTÊ!

20 outubro, 2012

ORAÇÃO O COLO UNIVERSAL DA ESPIRITUALIDADE HUMANA



OLÁ IRMÃOS DE FÉ!
Equilibrar a vida material com a vida espiritual significa equilibrar as finanças/necessidades reais da nossa vida material com a fartura de possibilidades prazerosas da vida espiritual.

Endividamo-nos à procura de um bem-estar ilusório que o “ter” nos enfeitiça. Valorizamos o supérfluo, o superficial, que pela sua própria condição é volátil. Se desfaz, sem deixar nenhum benefício, somente a angústia e a frustração.

Agora, como vamos sair desse torpor da alma? Que nos coloca em um buraco negro sugando toda a nossa vitalidade, nossa luz?

Quem nos dá essa resposta é o Mestre dos Mestres: Jesus! 

E o que fazer é simples! 
Você tem em sua memória natural. 

Faça igual ao momento de seu nascimento: Grite! Chore! Com toda a sua força/fé, que Oxalá irradia para nós, uma oração

Qualquer oração, especialmente a que te emocione, toque o seu coração. Pai Nosso, Ave Maria, Salmo 23, orações judaicas, orações budistas, orações hinduístas, orações muçulmanas, orações umbandistas... pois todas as orações são patrimônios, inspirados para a Humanidade pelo Alto, não são exclusivas de a uma religião específica.

Faça a oração especial para você, como fazemos os mantras, isto é, várias vezes repetido em cadência harmônica pelo menos 3 vezes ao dia.

Aí, suavemente a esperança segura a tua mão e você vai recomeçar a renascer para a vida espiritual. Vai despertar e sentir que felicidade e a plenitude estão em tudo! Que “não tem preço” os sentimentos e as emoções!

Vai perceber que você tem as rédeas da escolha/livre arbítrio em suas mãos e pode optar qual o caminho para si. 

E esse caminho pode e deve ser, margeado pelo amor dos pensamentos, sentimentos, emoções, imagens mentais, positivas que nos levam à fartura Divina.

Ore! Ore sempre! A oração é o elixir para o equilíbrio da vida material e espiritual, o colo universal da espiritualidade Humana, que te trará o bem-estar que você tanto procura. 

É mágico, porque é abençoado.         
Assim É

COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ/NAMASTÊ

15 outubro, 2012

MESTRES ESPIRITUAIS DA UMBANDA SEUS ALUNOS AGRADECEM


Olá Irmãos de Fé!

O dia de hoje é dedicado a homenagear os valorosos professores da Terra. 

Por isso mesmo ideal para também homenagear e agradecer aos nossos queridos Guias Espirituais.

Nossos Mestres do Astral Superior irradiadores de conhecimentos diversos, que recebemos através de seus ensinamentos transmitidos com muito Amor e Luz, incutindo em nossos corações esperança, fé e amor.


Os Espíritos de Luz não brigam entre si para ver quem são os mais fortes ou poderosos. Dedicam-se, sem descanso, em unir esforços e fazer dessa união a força, que nos ajuda a expandir nossas consciências trazendo o equilíbrio, a serenidade e a confiança ao nosso caminhar rumo ao Divino.


Sempre imperando a filosofia do amor e da prática do bem para nos libertarmos do véu da ignorância e do preconceito. Eles nos levam à refletir a importância dos ensinamentos em que eles, através de seus médiuns nas Casas de Umbanda, nos transmitem e tem como meta alargar conceitos, desmistificar, permitir novos olhares sobre coisas velhas e estagnadas... descortinar coisas que para muitos ainda estão escondidas.
  
Saravá as Falanges dos Caboclos, Pretos Velhos, Crianças, Boiadeiros, Oriente, Guardiões... e tantas Falanges quanto necessárias à prática da caridade, reunidas na Egrégora de Umbanda refletindo de Aruanda a Luz do conhecimento para  iluminar a cura do nosso espírito nos tornando mais felizes. 

E, principalmente, sedimentando a convicção que o amor dedicado a nós e ao irmão de jornada é a magia revelada de estarmos no caminho certo. Navegando a favor da correnteza da Fraternidade Universal e da evolução para o AMOR e para o BEM MAIOR. 

COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ/NAMASTÊ!

01 outubro, 2012

UMBANDA E BUDISMO UNIDOS PELA ILUMINAÇÃO


Olá Irmãos de Fé! 

Como sempre nesses dias de intensa intolerância religiosa, nunca é demais ressaltar que o melhor antídoto para as trevas é sempre a luz da liberdade da informação e do conhecimento.


Por isso, vamos relembrar que Umbanda é AMOR E CARIDADE, Umbanda só faz o bem. Respeitamos a Natureza e todos os reinos que fazem parte dela, não fazemos sacrifícios de animais, pois os entendemos como companheiros na estrada da evolução espiritual. O Umbandista é um ecologista de carteirinha “carimbada” por Oxóssi. Somos monoteístas, acreditamos em um Deus único e amoroso, criador do Céu e da Terra.

Os  Orixás são emanações de Deus que se apresentam no nosso planeta azul através da força da natureza. A Umbanda é universalista e em sua Egrégora atuam espíritos de vários nichos religiosos e filosóficos. Hoje falo sobre o Budismo, e sua afinidade natural com a Umbanda.

O Budismo é um conjunto de ensinamentos emitidos e vividos por Buda (Buda não é um nome, mas uma condição de pleno desenvolvimento espiritual, A Iluminação). Os que seguem a Filosofia Budista não o têm como um Deus, mas como um Guia Espiritual que ensina a todos como se libertar do ciclo reencarnatório, buscando a iluminação e o Estado de Pureza Espiritual, libertando-se das preocupações materiais e do ciclo ininterrupto de vida e morte.

Na Filosofia Budista, o ser humano é escravo do ciclo reencarnatório, que é gerado pelo Karma, a Lei de Ação e Reação. 

Conseguir livrar-se do Karma significa encerrar o ciclo de reencarnações, atingir a iluminação e encontrar a porta que abre o caminho para o Nirvana (estar liberto). Para que isso pudesse acontecer, Buda ensinou aos seus discípulos aquilo que é base do Budismo: " As quatro Nobres Verdades " e os " Oito Caminhos ", uma combinação de ensinamentos morais por meio da meditação e concentração.

As Quatro Nobres Verdades

· Existe o sofrimento;
· O sofrimento tem causas;
· O sofrimento tem um fim;
· Existe um caminho para acabar com o sofrimento.

Buda ensinou que toda a causa do nosso sofrimento é o desejo, o apego às coisas materiais. Quando o desejo e o extremo apego acabam, o sofrimento termina.

Para se chegar ao fim do sofrimento existem oito caminhos. Buda ensinou que o esforço correto em nossa busca pelo fim do sofrimento é sempre manter o equilíbrio – o Caminho do Meio. Quando diagnosticamos a causa do sofrimento, podemos encontrar o caminho da cura.

Na Umbanda existe a mesma crença de que o homem caminha para sua evolução espiritual buscando, através de suas várias encarnações, o entendimento da linha evolutiva traçada para nossa Humanidade. Por meio da prática da caridade, exercendo sua fé e humildade, o médium Umbandista busca sua evolução rumo à Pureza Espiritual, um Estado de Iluminação, o despertar para a Vida Eterna. Por sua vez, os Guias Espirituais que incorporam nas sessões de Umbanda também estão cumprindo seu papel na Escala Evolutiva do Planeta, levando aos necessitados palavras de fé, amor e compreensão, sempre passando a mensagem da Eternidade do Ser, única maneira de nos libertarmos das amarras de nossa condição humana, rumo à evolução.

Quando somos estimulados amorosamente pelos Caboclos e Pretos Velhos a promover nossa reforma íntima, com a extinção da vaidade, do egoísmo e do ódio, nos ligando a sentimentos de amor, compaixão, humildade e caridade, estamos buscando a evolução do ser ao se libertar dos apegos e sentimentos materiais, como nos ensinam as Quatro Nobres Verdades do Budismo. 

A Umbanda é a Luz de Aruanda que nos dá força e que nos conduz na busca do autoconhecimento, revelando que quando descobrimos nossas dores, cessa-se nosso sofrimento e cessando o sofrimento, o homem segue, sem medo, seu caminho rumo à evolução e iluminação de seu Espírito Imortal.



COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ/NAMASTÊ!

26 setembro, 2012

Brincadeira de Criança, como é bom, como é bom...


Olá Irmãos de Fé!

Na Umbanda a maioria das Entidades que se apresentam na Linha das Crianças usam a roupagem fluídica de crianças da Terra. Porém, não se esqueçam, espírito não tem idade.

Na realidade, são seres espirituais, de elevada envergadura, Mestres nos conceitos do Bem e do Puro, sábios de muita Luz que afastam pensamentos maus e negativos, comunicando-se facilmente com nossas crianças, das quais são grandes protetores.




Outros espíritos da Linha das Crianças, ainda mantem a mentalidade infantil, por terem desencarnado em tenra idade, sendo levados à participar dessa corrente de amor e caridade, para reequilíbrio e progresso espiritual. Outros seres dessa Linha são Encantados, ou seja, nunca encarnaram.


A Linha das Crianças sempre traz renovações e esperança. Quando incorporadas em um médium, gostam de brincar, correr e fazer brincadeiras. 

Os “meninos” são em sua maioria mais arteiros, enquanto que as “meninas” são mais quietas e calminhas. Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando; outros estão sempre com “fome”, comem ou oferecem como mirongas (remédios astrais) bolos, balas, frutas, guaraná, suco de frutas, água com mel... 

... estes procedimentos são as “ferramentas” que eles se utilizam para proceder em determinadas funções como, descarregar o médium, o ambiente e as pessoas presentes.

Também atuam diretamente na cura do espírito, e consequentemente do físico, através do amor e da alegria que eles nos irradiam e inspiram.

Tem os seus nomes relacionados a nomes comuns e a sítios da natureza: Rosinha da Pedra do Rio, Mariazinha da Beira da Praia, Pedrinho da Cachoeira, Luizinho da Beira Mar, Joãozinho da Mata... ou nomes místicos: Meinho, Foguinho, Calunguinha, Fumaça, Caboclinho...

Veladamente nessa vibração infantil, operam espíritos de extraordinários conhecimentos.

Saravá Crianças espirituais 
da Umbanda! 
Saravá crianças da Terra! Saravá Cosme, Damião e Doum!

COM ORGULHO E ALEGRIA DE SER UMBANDISTA, SARAVÁ/NAMASTÊ!

14 setembro, 2012

Umbanda Uma Religião Brasileira


PAI ZÉLIO FERNANDINO DE MORAES 
Pintado pelas mãos de Claudio Gianfardoni

A ORIGEM DA UMBANDA
15 DE NOVEMBRO DE 1908
ZÉLIO DE MORAES E 
O CABOCLO DAS SETE ENCRUZILHADAS


A primeira manifestação de Umbanda com registro histórico é a do Caboclo das Sete Encruzilhadas em seu médium Zélio Fernandino de Moraes em 15 de Novembro de 1908. Assim como a Tenda Nossa Senhora da Piedade, fundada por Zélio de Moraes, é o primeiro Templo de Umbanda registrado no Brasil.


Por isso, os fatos que ali aconteceram são de fundamental importância a todos nós, como fatos que marcam profundamente o nascimento, no Brasil, da Umbanda no plano material.

Zélio Fernandino de Moraes nasceu no dia 10 de Abril de 1892, no distrito de Neves, município de São Gonçalo das Neves - Rio de Janeiro. Filho de Joaquim Fernandino Costa (oficial da Marinha) e Leonor de Moraes.


Em 1908, aos 17 anos, Zélio de Moraes havia concluído o curso propedêutico (ensino médio) e preparava-se para ingressar na escola Naval, a exemplo de seu pai, foi quando fatos estranhos começaram a acontecer na vida dele. Em alguns momentos Zélio de Moraes era visto falando manso, com a postura de um velho, em sotaque diferente de sua região, dizendo coisas aparentemente desconexas. Em outros momentos parecia um felino lépido e desembaraçado, mostrando conhecer todos os mistérios da natureza. Isso logo chamou a atenção da família, preocupada com a situação mental do rapaz que se preparava para seguir carreira militar, os "ataques" se tornaram cada vez mais frequentes.


Assim, Zélio de Moraes foi encaminhado a seu Tio, Dr. Epaminondas de Moraes, médico psiquiatra e diretor do Hospício da Vargem Grande. Após vários dias de observação, não encontrando seus sintomas em nenhuma literatura médica, sugeriu a família que o encaminhasse a um padre, para que fosse feito um ritual de exorcismo, pois desconfiava que seu sobrinho estava "endemoniado".

Foi chamado um outro parente, tio de Zélio, padre católico que realizou o dito exorcismo para livrá-lo da possível "presença do demônio" e saná-lo dos ataques. No entanto este e outros dois exorcismos, acompanhados de outros sacerdotes católicos, não resolveram a situação e as manifestações prosseguiram. Algum tempo depois Zélio de Moraes foi tomado por uma paralisia parcial, a qual os médicos não conseguiam entender. Um belo dia o rapaz levanta-se de seu leito e diz: "amanhã estarei curado" e no dia seguinte começou a andar como se nada tivesse acontecido.


Um amigo sugeriu encaminhá-lo a recém fundada Federação Kardecista de Niterói, município vizinho a São Gonçalo das Neves onde residia a família Moraes. A Federação era então presidida pelo Sr. José de Sousa, chefe de um departamento da marinha chamado Toque Toque.

Zélio Fernandino de Moraes então foi conduzido a esta Federação no dia 15 de Novembro de 1908, na presença do Sr. José de Sousa, estava ele em meio aos ataques reconhecidos como manifestações mediúnicas. Convidado a sentar-se à mesa logo em seguida levantou-se, contrariando as normas do culto estabelecido pela instituição, afirmou que ali faltava uma flor. Foi até o jardim apanhou uma rosa branca e colocou-a no centro da mesa onde se realizava o trabalho.

Frei Gabriel de Malagrida
Uma das encarnações do
Caboclo das Sete Encruzilhadas
Sr. José de Sousa, que possuía também a clarividência, verificou a presença de um espírito manifestado através de Zélio de Moraes e passou ao dialogo a seguir:

Sr. José: Quem é você que ocupa o corpo deste jovem?

O espírito: Eu? Eu sou apenas um caboclo brasileiro. 


Sr. José: Você se identifica como caboclo, mas vejo em você restos de vestes clericais. 



O espírito: O que você vê em mim, são restos de uma existência anterior. Fui padre, meu nome era Gabriel de Malagrida, acusado de bruxaria fui sacrificado na fogueira da inquisição por haver previsto o terremoto que destruiu Lisboa em 1755. Mas em minha última existência física Deus concedeu-me o privilégio de nascer como um caboclo brasileiro. 

Sr. José: E qual é seu nome?



Caboclo das Sete Encruzilhadas
Pintado pelo médium Jurandir da
Tenda Espírita N.Sª da Piedade
O espírito: Se é preciso que eu tenha um nome, digam que eu sou o Caboclo das Sete Encruzilhadas, pois para mim não existirão caminhos fechados. Venho trazer a Umbanda uma Religião que harmonizará as famílias e que há de perdurar até o final dos séculos. 



E no desenrolar da conversa Sr. José pergunta ainda se já não existem religiões suficientes, fazendo inclusive menção ao Espiritismo. 

O espírito: Deus, em sua infinita bondade, estabeleceu na morte, o grande nivelador universal, rico ou pobre poderoso ou humilde, todos tornam-se iguais na morte, mas vocês homens preconceituosos, não contentes em estabelecer diferenças entre os vivos, procuram levar estas mesmas diferenças até mesmo além da barreira da morte. Por que não podem nos visitar estes humildes trabalhadores do espaço, se apesar de não haverem sido pessoas importantes na Terra, também trazem importantes mensagens do além? 



Porque não aos Caboclos e Pretos Velhos? Acaso não foram eles também filhos do mesmo Deus?... Amanhã, na casa onde meu aparelho mora, haverá uma mesa posta a toda e qualquer Entidade que queira ou precise se manifestar, independente daquilo que haja sido em vida, todos serão ouvidos, nós aprenderemos com aqueles espíritos que souberem mais e ensinaremos aqueles que souberem menos e a nenhum viraremos as costas a nenhum diremos não, pois esta é à vontade do Pai.

Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade

Sr. José: E que nome darão a esta Igreja? 



O espírito: Tenda Nossa Senhora da Piedade, pois da mesma forma que Maria ampara nos braços o filho querido, também serão amparados os que se socorrerem da Umbanda.



No dia seguinte, na rua Floriano Peixoto, 30 – Neves – São Gonçalo – RJ, próximo das 20:00 horas, estavam presentes membros da Federação Espírita, parentes, amigos, vizinhos e uma multidão de desconhecidos e curiosos. Pontualmente às 20:00h o Caboclo das Sete Encruzilhadas incorporou e com as palavras abaixo iniciou seu culto:


“Vim para fundar a Umbanda no Brasil, 

aqui inicia-se um novo culto em que os espíritos de Pretos Velhos africanos e os Índios nativos de nossa terra, poderão trabalhar em benefícios dos seus irmãos encarnados, qualquer que seja a cor, raça, credo ou posição social. A prática da caridade no sentido do amor fraterno, será a característica principal deste culto”.

Pai Antonio, Entidade que trouxe o
1º Ponto Cantado da Umbanda e
também os 1º elementos a serem usados
nos Trabalhos: o cachimbo e a guia.
A seguir o 1º Ponto Cantado em
um Terreiro de Umbanda
(Tenda Espírita N.Sª da Piedade):

Minha cachimba tá no toco
Manda muréque buscá
Minha cachimba tá no toco
Manda muréque buscá

No alto da derrubada
minha cachimba ficou lá
No alto da derrubada
minha cachimba ficou lá...
Após trabalhar fazendo previsões, Passe e Doutrina, informou que devia se retirar, pois outra Entidade precisava se manifestar. Após a “subida” do Caboclo incorporou uma Entidade reconhecida como Preto Velho, saindo da mesa se dirigiu a um canto da sala onde permaneceu agachado. Sendo questionado o porquê de não ficar na mesa respondeu: - Nego num senta não meu sinhô, nego fica aqui mesmo! Isso é coisa de sinhô branco e nego deve arespeitá! após insistência ainda completou: - Num carece preocupá não! Nego fica no toco que é lugar de nego! E assim continuou dizendo outras coisas mostrando a simplicidade, humildade e mansidão daquele que trazendo o estereótipo do Preto Velho se fez identificar como Pai Antônio. Logo cativou a todos com seu jeito, ainda lhe perguntaram se ele não aceitava nenhum agrado, ao que respondeu: - Minha cachimba, nego qué o pito que deixou no toco, manda muréque buscá! Todos ficaram perplexos, estavam presenciando a solicitação do primeiro elemento material de trabalho dentro da Umbanda. Na semana seguinte todos trouxeram cachimbos que sobraram diante da necessidade de apenas um para Pai Antônio. Assim o cachimbo foi instituído na linha de Pretos Velhos, sendo também ele a primeira Entidade a pedir uma guia (colar) de Trabalho. 

O pai de Zélio de Moraes frequentemente era abordado por pessoas que queriam saber como ele aceitava tudo isso que vinha acontecendo em sua residência, sua resposta era sempre a mesma em tom de brincadeira respondia que preferia um filho médium ao lugar de um filho louco.

Gongá de Pai Antonio, em Boca do Mato,
Cachoeiras de Macacú - R.J.

Foi um trabalho árduo e incessante para o esclarecimento, difusão e sedimentação da Religião de Umbanda. Enquanto Zélio de Moraes esteve encarnado foram fundadas mais de 10.000 Tendas. Após 55 anos de atividade entregou, a direção dos trabalhos da Tenda Nossa Senhora da Piedade a suas filhas Zélia e Zilméia. Mais tarde, junto com sua esposa Maria Izabel de Moraes, médium ativa da Tenda e aparelho do Caboclo Roxo fundou a Cabana de Pai Antônio no distrito de Boca do Mato, município de Cachoeira do Macacú – RJ.



Pai Antonio incorporado em 
Zélio de Moraes na 
Cabana de Pai Antonio, 
em Cachoeiras de Macacú - R.J.




Zélio Fernandino de Moraes 
desencarnou no dia 
03 de Outubro de 1975
Palavras do Caboclo das Sete Encruzilhadas

"A Umbanda tem progredido e vai progredir. É preciso haver sinceridade, honestidade e eu previno sempre aos companheiros de muitos anos: a vil moeda vai prejudicar a Umbanda; médiuns que irão se vender e que serão, mais tarde, expulsos, como Jesus expulsou os vendilhões do Templo. O perigo do médium homem é a consulente mulher; do médium mulher é o consulente homem. É preciso estar sempre de prevenção, porque os próprios obsessores que procuram atacar as nossas Casas fazem com que toque alguma coisa no coração da mulher que fala ao Pai de Terreiro, como no coração do homem que fala à Mãe de Terreiro. É preciso haver muita moral para que a Umbanda progrida, seja forte e coesa. 

Umbanda é humildade, amor e caridade - esta a nossa Bandeira. Neste momento, meus irmãos, me rodeiam diversos espíritos que trabalham na Umbanda do Brasil: Caboclos de Oxósse, de Ogum, de Xangô. Eu, porém, sou da Falange de Oxósse, meu pai, e não vim por acaso, trouxe uma ordem, uma missão. Meus irmãos: sejam humildes, tenham amor no coração, amor de irmão para irmão, porque vossas mediunidades ficarão mais puras, servindo aos espíritos superiores que venham a baixar entre vós; é preciso que os aparelhos estejam sempre limpos, os instrumentos afinados com as virtudes que Jesus pregou aqui na Terra, para que tenhamos boas comunicações e proteção para aqueles que vêm em busca de socorro nas Casas de Umbanda. 

Meus irmãos: meu aparelho já está velho, com 80 anos a fazer, mas começou antes dos 18. Posso dizer que o ajudei a casar, para que não estivesse a dar cabeçadas, para que fosse um médium aproveitável e que, pela sua mediunidade, eu pudesse implantar a nossa Umbanda. A maior parte dos que trabalham na Umbanda, se não passaram por esta Tenda, passarão pelas que safram desta Casa. 

Tenho uma coisa a vos pedir: se Jesus veio ao planeta Terra na humildade de uma manjedoura, não foi por acaso. Assim o Pai determinou. Podia ter procurado a casa de um potentado da época, mas foi escolher aquela que havia de ser sua mãe, este espírito que viria traçar à humanidade os passos para obter paz, saúde e felicidade. Que o nascimento de Jesus, a humildade que Ele baixou à Terra, sirvam de exemplos, iluminando os vossos espíritos, tirando os escuros de maldade por pensamento ou práticas; que Deus perdoe as maldades que possam ter sido pensadas, para que a paz possa reinar em vossos corações e nos vossos lares. Fechai os olhos para a casa do vizinho; fechai a boca para não murmurar contra quem quer que seja; não julgueis para não serdes julgados; acreditai em Deus e a paz entrará em vosso lar. É dos Evangelhos. 

Eu, meus irmãos, como o menor espírito que baixou à Terra, mas amigo de todos, numa concentração perfeita dos companheiros que me rodeiam neste momento, peço que eles sintam a necessidade de cada um de vós e que, ao sairdes deste Templo de caridade, encontreis os caminhos abertos, vossos enfermos melhorados e curados, e a saúde para sempre em vossa matéria. 

Com um voto de paz, saúde e felicidade, com humildade, amor e caridade, sou e sempre serei o humilde Caboclo das Sete Encruzilhadas".


Com Orgulho e Alegria de ser Umbandista, Saravá/Namastê!